EDITORIAL: O trânsito mata
Número de acidentes de trânsito aumentaram sensivelmente, conforme estatística do Ministério da Saúde.
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JornaldaCidade.Net
Quem se der ao trabalho de acessar o site do Ministério da Saúde (www.gov.saúde.br) e procurar pelo Sistema de Informações de Mortalidade, o SIM, sem dúvida ficará sur-preso e boquiaberto com os números que ali estão expostos com relação às mortes de trânsito no Brasil e no Estado de Sergipe.
Mais de 40 mil pessoas foram vítimas fatais, em 2010, sendo que 25% delas envolvidas em acidentes com motocicletas, no trânsito das cidades brasileiras, grandes, médias ou pequenas. É um número verdadeiramente assustador, o que levou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha a observar que os números revelam que o país vive “uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”.
As estatísticas acompanham de 2002 a 2010 o que de fato aconteceu no trânsito brasileiro. Foram 32.753 acidentes com mortes em 2002, número que subiu para 40.610 o ano passado. Os números deste ano, evidentemente, ainda estão sendo capitalizados.
No Nordeste brasileiro, os acidentes partiram de 7.611 em 2002 para 11.233 o ano passado. Estados como o Ceará (1.954 mortes o ano passado), Pernambuco (1.920 acidentes) e Bahia (assustadores 2.245 mortes) lideram essa cruel estatística na região, aí incluídos acidentes com motos e carros.
Em Sergipe, os números também causam calafrios. Em 2002, foram 398 acidentes por transporte terrestre, evoluindo para 269 em 2010. Somente no ano de 2005 houve uma queda nas estatísticas: foram 380 acidentes, mas daí em diante os números evoluíram rapidamente, chegando a 613 o ano passado.
Por estes dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a motocicleta continua a ser o veículo mais perigoso entre os demais. Em 2002, foram 66 acidentes com mortes em motocicletas, número que chegou a 269 o ano passado. Refresco mesmo só houve em 2005, quando os acidentes cravaram 96 casos fatais. Depois, a pauleira no trânsito tomou conta: foram 269 mortes o ano passado.
Em ocorrências deste tipo, o Brasil está atrás apenas da Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Ou seja, somos o quinto nesta negra estatística. O ministro Alexandre Padilha explica que os números não são ainda maiores porque as ampliações das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e a expansão do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) vêm aumentando a proporção de vidas salvas, em relação aos óbitos.
O ministro Padilha confia numa regressão desses fantasmagóricos números desde que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o motorista que tenha consumido bebidas alcoólicas e depois foi ao volante testar sua capacidade de dirigir já cometeu crime. Não precisa nem ter se envolvido em acidentes, basta ser flagrado com alto teor de álcool no sangue para ser multado e até perder a carteira de habilitação.
A dificuldade, como se sabe, é flagrar o motorista neste estado catatônico. Aqui mesmo em Sergipe, o CPtran tem intensificado as blitzes, com fiscalizações diárias, inclusive aos finais de semana e madrugada, principalmente na Orla, mas também em vários bairros da capital, para flagrar motoristas que dirigem alcoolizados.
As autoridades ligadas ao trânsito têm consciência que os números divulgados pelo Ministério da Saúde são de fato assustadores e procura fazer alguma coisa para amenizá-los. Não é fácil, numa cidade como Aracaju, por exemplo, de poucas avenidas e ruas estreitas, mas com muitos bares no caminho para casa.
* Jornal da Cidade
Número de acidentes de trânsito aumentaram sensivelmente, conforme estatística do Ministério da Saúde.
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Quem se der ao trabalho de acessar o site do Ministério da Saúde (www.gov.saúde.br) e procurar pelo Sistema de Informações de Mortalidade, o SIM, sem dúvida ficará sur-preso e boquiaberto com os números que ali estão expostos com relação às mortes de trânsito no Brasil e no Estado de Sergipe.
Mais de 40 mil pessoas foram vítimas fatais, em 2010, sendo que 25% delas envolvidas em acidentes com motocicletas, no trânsito das cidades brasileiras, grandes, médias ou pequenas. É um número verdadeiramente assustador, o que levou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha a observar que os números revelam que o país vive “uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”.
As estatísticas acompanham de 2002 a 2010 o que de fato aconteceu no trânsito brasileiro. Foram 32.753 acidentes com mortes em 2002, número que subiu para 40.610 o ano passado. Os números deste ano, evidentemente, ainda estão sendo capitalizados.
No Nordeste brasileiro, os acidentes partiram de 7.611 em 2002 para 11.233 o ano passado. Estados como o Ceará (1.954 mortes o ano passado), Pernambuco (1.920 acidentes) e Bahia (assustadores 2.245 mortes) lideram essa cruel estatística na região, aí incluídos acidentes com motos e carros.
Em Sergipe, os números também causam calafrios. Em 2002, foram 398 acidentes por transporte terrestre, evoluindo para 269 em 2010. Somente no ano de 2005 houve uma queda nas estatísticas: foram 380 acidentes, mas daí em diante os números evoluíram rapidamente, chegando a 613 o ano passado.
Por estes dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a motocicleta continua a ser o veículo mais perigoso entre os demais. Em 2002, foram 66 acidentes com mortes em motocicletas, número que chegou a 269 o ano passado. Refresco mesmo só houve em 2005, quando os acidentes cravaram 96 casos fatais. Depois, a pauleira no trânsito tomou conta: foram 269 mortes o ano passado.
Em ocorrências deste tipo, o Brasil está atrás apenas da Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Ou seja, somos o quinto nesta negra estatística. O ministro Alexandre Padilha explica que os números não são ainda maiores porque as ampliações das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e a expansão do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) vêm aumentando a proporção de vidas salvas, em relação aos óbitos.
O ministro Padilha confia numa regressão desses fantasmagóricos números desde que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o motorista que tenha consumido bebidas alcoólicas e depois foi ao volante testar sua capacidade de dirigir já cometeu crime. Não precisa nem ter se envolvido em acidentes, basta ser flagrado com alto teor de álcool no sangue para ser multado e até perder a carteira de habilitação.
A dificuldade, como se sabe, é flagrar o motorista neste estado catatônico. Aqui mesmo em Sergipe, o CPtran tem intensificado as blitzes, com fiscalizações diárias, inclusive aos finais de semana e madrugada, principalmente na Orla, mas também em vários bairros da capital, para flagrar motoristas que dirigem alcoolizados.
As autoridades ligadas ao trânsito têm consciência que os números divulgados pelo Ministério da Saúde são de fato assustadores e procura fazer alguma coisa para amenizá-los. Não é fácil, numa cidade como Aracaju, por exemplo, de poucas avenidas e ruas estreitas, mas com muitos bares no caminho para casa.
* Jornal da Cidade
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