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sábado, 26 de novembro de 2011

Consórcios são responsáveis por 33% das motos colocadas nas ruas do RN

Adquirir um transporte particular está na lista dos primeiros desejos de consumo dos brasileiros, juntamente com a casa própria.
No Brasil, onde um carro popular beira os R$ 30 mil, as motocicletas se tornaram a primeira alternativa para pôr fim à dependência do transporte público.
Os modelos de motos mais vendidos no país custam de R$ 5.190,00 a R$ 6.590,00, dependendo da versão. Com certeza, valores bem mais acessíveis à população de classes mais baixas.
Ainda assim, comprar uma motocicleta à vista é um sonho para poucos, enquanto que os demais buscam alternativas.
Os meios mais comuns são o consórcio e o financiamento.
Na primeira opção, o consumidor compra o produto em parcelas mais suaves, mas precisa de sorte para ser sorteado e "pegar" a moto o mais rápido possível.
No caso do financiamento, a moto é entregue na hora, mas as taxas de juros são de tirar o couro do consumidor.
Não é à toa que 33,2% das motocicletas que vão para as vias do Rio Grande do Norte são compradas através de consórcios.
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), a média potiguar está acima da nacional (30,4%).
Entretanto, em outros cinco estados da região Nordeste (Alagoas, 42,8%; Paraíba, 36,7%; Pernambuco, 36,1%; Bahia, 35,4% e Piauí 35%) o índice é maior que no Rio Grande do Norte.
Gerente de uma concessionária de motos de Mossoró, Ivete Paiva destaca que o consumidor que tem a necessidade do veículo prefere o financiamento, "mas quem já tem transporte escolhe o consórcio como um investimento".
Na empresa dela, os consórcios representam 40% de todas as motos que são comercializadas.
O vendedor Alexandre Xavier acrescenta que o consórcio é procurado, inclusive, por pais que querem presentear o filho com uma moto em longo prazo.
O economista Franklin Filgueira, da Índice Consultoria, explica que os brasileiros estão adquirindo mais os consórcios porque os juros voltaram a subir no mercado e o valor da parcela do consórcio não é corrigido por esta taxa, mas sim, pelo valor de mercado do bem financiado. "Portanto, o consórcio, em épocas de juros altos, tem um custo final bem inferior ao do financiamento, daí a preferência dos brasileiros hoje em dia", esclarece.
Franklin Filgueira acrescenta que, em termos gerais, para os compradores de baixa renda, o consórcio se apresenta como uma melhor alternativa para aquisição de bens duráveis e permite um melhor planejamento por parte do comprador.
Os consórcios também são usados em boa escala pelos potiguares para aquisição de automóveis (11,1%) e de caminhões (14,4%).

* Jornal de Fato

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