Drogas e armas: é disso que eles gostam
Pode ser crack, maconha ou cocaína. Já a arma, pode ser revólver, pistola ou escopetas. O importante é estar sempre em contato com as drogas e as armas. Vender ou usar entorpecentes e portar armas de fogo são as principais práticas entre os jovens, segundo estatísticas da Delegacia do Adolescente (DEA), que investiga atos infracionais cometidos por aqueles que têm menos de 18 anos. É o que muitos deles definem como "vida louca". Só em 2010, eles mataram 29 pessoas - já comprovados pela polícia.
As frias estatísticas do cartório da Delegacia do Adolescente deixam bem claro que eles gostam mesmo é de armas e drogas. Em 2010, a unidade policial registrou um total de 400 procedimentos referentes à prática delituosa dos adolescentes. Os atos mais comuns são tráfico ou associação para o tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma, assassinatos ou tentativas de assassinatos, furtos e roubos, para em seguida àqueles casos mais banais, como ameaça ou lesão corporal. Só os casos de tráfico, a Dea contabilizou 63. Foram 29 assassinatos e mais 35 casos de adolescentes portando armas.
O delegado Edvan Queiroz está à frente da especializada há aproximadamente um ano e já se arrisca a traçar um perfil dos jovens que chegam à sua DP. Ele afirma que é fácil perceber as deficiências desses garotos, que na maioria dos casos não têm nenhum tipo de apego. Para eles, segundo o delegado, o importante mesmo é portar uma arma de fogo e praticar algum tipo de atividade ligada ao tráfico de drogas, seja vendendo, fazendo entregas, etc.. "Eles se sentem poderosos por isso. Matar uma pessoa é uma questão de coragem, de autoafirmação para eles. Não importa o motivo", avalia Edvan.
Na experiência do dia a dia com esses jovens que são apreendidos pelos mais diversos tipos de infrações - se tivessem mais de 18, seriam crimes -, o delegado já consegue perceber os problemas enfrentados por eles, que os levaram ao mundo da criminalidade. Ele cita como exemplo o assassinato do jovem Francisco Anderson de Freitas Gomes, que tinha 17 anos e foi morto a tiros no conjunto Ouro Negro (zona norte) no início dessa semana. O acusado, também adolescente, foi apreendido e confessou o assassinato. Ele disse, segundo o delegado, que matou Francisco para não ser morto.
"A relação entre eles é simples assim. É matar para não morrer. Muitas vezes, essas intrigas são por coisas bobas. A vida, para eles, é uma coisa simples, sem valor algum. Eles não temem pelas consequências dos seus atos. Muitos chegam aqui na delegacia e nos desafiam, dizem que com uma arma não têm medo de ninguém. É assim que eles realmente pensam. Infelizmente, essa é a realidade de todos que chegam aqui diariamente. Matar ou morrer é uma aprovação para eles. Quem nunca matou não é respeitado. Tem que matar, roubar, usar drogas para se fazer respeitar", explica Edvan.
O exemplo da morte de Catatau, como era mais conhecido Francisco Anderson, ilustra bem a opinião do delegado. Segundo Rubério Pinto, um outro delegado que começou a investigar o caso e posteriormente o encaminhou para a Delegacia do Adolescente, o jovem assumiu o assassinato sem nenhum remoço e disse ainda o motivo, ainda mais grave: um tapa no rosto. O jovem contou que havia sido agredido com um tapa, na frente de várias pessoas, e que isso teria sido o suficiente para gerar uma rixa entre ele e a vítima - que por sinal, já havia sido apreendida duas vezes antes.
* Jornal de Fato
Pode ser crack, maconha ou cocaína. Já a arma, pode ser revólver, pistola ou escopetas. O importante é estar sempre em contato com as drogas e as armas. Vender ou usar entorpecentes e portar armas de fogo são as principais práticas entre os jovens, segundo estatísticas da Delegacia do Adolescente (DEA), que investiga atos infracionais cometidos por aqueles que têm menos de 18 anos. É o que muitos deles definem como "vida louca". Só em 2010, eles mataram 29 pessoas - já comprovados pela polícia.
As frias estatísticas do cartório da Delegacia do Adolescente deixam bem claro que eles gostam mesmo é de armas e drogas. Em 2010, a unidade policial registrou um total de 400 procedimentos referentes à prática delituosa dos adolescentes. Os atos mais comuns são tráfico ou associação para o tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma, assassinatos ou tentativas de assassinatos, furtos e roubos, para em seguida àqueles casos mais banais, como ameaça ou lesão corporal. Só os casos de tráfico, a Dea contabilizou 63. Foram 29 assassinatos e mais 35 casos de adolescentes portando armas.
O delegado Edvan Queiroz está à frente da especializada há aproximadamente um ano e já se arrisca a traçar um perfil dos jovens que chegam à sua DP. Ele afirma que é fácil perceber as deficiências desses garotos, que na maioria dos casos não têm nenhum tipo de apego. Para eles, segundo o delegado, o importante mesmo é portar uma arma de fogo e praticar algum tipo de atividade ligada ao tráfico de drogas, seja vendendo, fazendo entregas, etc.. "Eles se sentem poderosos por isso. Matar uma pessoa é uma questão de coragem, de autoafirmação para eles. Não importa o motivo", avalia Edvan.
Na experiência do dia a dia com esses jovens que são apreendidos pelos mais diversos tipos de infrações - se tivessem mais de 18, seriam crimes -, o delegado já consegue perceber os problemas enfrentados por eles, que os levaram ao mundo da criminalidade. Ele cita como exemplo o assassinato do jovem Francisco Anderson de Freitas Gomes, que tinha 17 anos e foi morto a tiros no conjunto Ouro Negro (zona norte) no início dessa semana. O acusado, também adolescente, foi apreendido e confessou o assassinato. Ele disse, segundo o delegado, que matou Francisco para não ser morto.
"A relação entre eles é simples assim. É matar para não morrer. Muitas vezes, essas intrigas são por coisas bobas. A vida, para eles, é uma coisa simples, sem valor algum. Eles não temem pelas consequências dos seus atos. Muitos chegam aqui na delegacia e nos desafiam, dizem que com uma arma não têm medo de ninguém. É assim que eles realmente pensam. Infelizmente, essa é a realidade de todos que chegam aqui diariamente. Matar ou morrer é uma aprovação para eles. Quem nunca matou não é respeitado. Tem que matar, roubar, usar drogas para se fazer respeitar", explica Edvan.
O exemplo da morte de Catatau, como era mais conhecido Francisco Anderson, ilustra bem a opinião do delegado. Segundo Rubério Pinto, um outro delegado que começou a investigar o caso e posteriormente o encaminhou para a Delegacia do Adolescente, o jovem assumiu o assassinato sem nenhum remoço e disse ainda o motivo, ainda mais grave: um tapa no rosto. O jovem contou que havia sido agredido com um tapa, na frente de várias pessoas, e que isso teria sido o suficiente para gerar uma rixa entre ele e a vítima - que por sinal, já havia sido apreendida duas vezes antes.
* Jornal de Fato
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