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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por qual rodovia eu vou?
Fugir dos buracos, da falta de sinalização e das curvas perigosas são alguns dos objetivos de quem vai pegar a estrada. Quando vai sair de casa rumo a uma viagem de maior extensão, o motorista se pergunta: por qual rodovia eu vou?
Nesta semana, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou o resultado de sua pesquisa anual sobre as condições das rodovias de todo o Brasil. Um estudo que pode ser bastante útil para quem vai viajar.
Para contribuir ainda mais com os viajantes, a reportagem do JORNAL DE FATO também foi acompanhar in loco as condições de algumas rodovias que ligam Mossoró a outras cidades e estados. O que foi visto pela reportagem vai de encontro ao apontado pela pesquisa CNT.
Na BR-110, no trecho sentido Mossoró/Areia Branca, o asfalto está em bom estado, mas os motoristas precisam estar atentos à falta de sinalização e também às muitas curvas. Um trecho de asfalto, à altura do KM 53, restaurado há pouco tempo, encontra-se completamente sem sinalização horizontal. Além disso, existem curvas que "são verdadeiros pontos cegos", como relatou o caminhoneiro catarinense
O mesmo cenário é encontrado no trecho da BR-304 - a única rodovia que corta o RN em estado geral bom para a CNT - que liga Mossoró a Natal, onde o asfalto está em ótimas condições, mas a sinalização e a geometria deixam a desejar. O asfalto bom, a falta de sinalização e as curvas perigosas formam um tripé perigoso, conforme advertiu o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Aliathar Gibson.
As rodovias BR-110 e BR-405 são as que estão em condições mais precárias no tocante à sinalização, o que levou a PRF a solicitar intervenção do Ministério Público Federal (PRF). "Nessas rodovias, já foram registrados acidentes por conta da falta de sinalização", relatou o inspetor.
Aliathar Gibson orientou os motoristas a redobrar a atenção nos pontos não-sinalizados ou de curvas. "A ausência de sinalização pode desorientar o motorista, fazendo com que ele invada a contramão", alertou, acrescentando que diminuir a velocidade é o mais indicado nos trechos sinuosos.
Nas rodovias estaduais, as condições de tráfegos são ainda mais complicadas. Apenas uma - RN-118 -, de todas as rodovias administradas pelo Governo do Estado, não teve o seu estado considerado ruim ou péssimo. Além de mal sinalizadas e sinuosas, as RNs também são estreitas e têm a mata invadindo o seu asfalto.
As RNs 405, que liga Mossoró a Upanema, e 117, que liga Mossoró a Governador Dix-sept Rosado, são sinônimos de perigo. "Moro na zona rural de Governador Dix-sept Rosado, mas tenho comércio em Mossoró e todos os dias trafego na RN-117, que é bastante perigosa, com suas curvas, animais na pista e, ainda, a invasão do mato", contou a comerciante Maria Luzia de Freitas.
O major Gomes, do Distrito de Polícia Rodoviária Estadual (DPRE), disse que a geometria e a sinalização das rodovias estaduais não condizem com as regras de trânsito. Segundo ele, em alguns trechos, a sinalização está colocada de forma inadequada, principalmente em giradouros, como o da Gongorra, de Apodi e do Hotel Thermas. "Nesses pontos, não existe geometria de segurança da via", advertiu o major.
Gomes orientou os condutores a só pegar a estrada com total conhecimento da condição do trânsito, "que significa conhecer as leis de trânsito, evitando assim entrar em giradouro com sinalização inadequada e, consequentemente, acidentes".
As orientações dos profissionais do trânsito são claras. Agora, é só revisar o veículo e pegar a estrada, mas, repito, com cuidado.
Fonte: Jornal de Fato (27/09/2010)

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