Fatores que influenciam negativamente na capacidade de dirigir
O café preto de manhã, tomado em jejum, provocou aquela dor de estômago (efeito normal em casos de gastrite), e você procurou um analgésico que trouxesse alívio para a dor, antes de sair para o trabalho. A dor passa, mas eis que, ao dirigir, você percebe que alguma coisa não vai bem. Você não percebe a proximidade de um farol vermelho e quase atropela duas senhoras que caminham pela faixa de pedestre. “O que está acontecendo comigo?”, pergunta-se. Está desatento, sonolento, e os reflexos não são os mesmos. Não é o caso de tomar outro café. O problema aí é que determinados remédios podem prejudicar a capacidade de dirigir, o que também varia. E não é só remédio. O consumo de bebidas alcoólicas, como se sabe, é grande responsável por boa parte dos acidentes de trânsito. Exatamente porque mexe com esta capacidade, aumentando o tempo de reação, prejudicando a percepção, entre outros fatores. O uso de drogas vai pelo mesmo caminho. Mas não são apenas essas substâncias que prejudicam a capacidade de dirigir. Há uma série de fatores que, dependendo da situação e da pessoa, têm influência negativa no controle do veículo, afastando o motorista de sua condição ideal para assumir o volante. Diretor do departamento de medicina de tráfego ocupacional da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o dr. Dirceu Rodrigues Alves Junior aponta quais são esses fatores e como eles operam para que o motorista se torne uma bomba ambulante.
Beber e dirigir, nem pensar
A bebida alcoólica, ao ser ingerida, é rapidamente absorvida pelo aparelho digestivo, caindo na circulação e promovendo uma ação imediata no sistema nervoso central. Após dar uma sensação de prazer, em alguns casos provoca torpor e sonolência. Em outros casos, o bebedor fica agitado, emotivo. Outros ainda desenvolvem agressividade, procurando arranjar confusão e briga. Nenhum dos estados citados é compatível com a condução de um veículo. Quanto maior o volume ingerido e a concentração de álcool da bebida, maiores os efeitos. Há prejuízo da coordenação motora e desorientação espacial. Daí a incapacidade de identificar a distância correta para outros veículos, pedestres e obstáculos à frente.
Drogas legais também interferem
Depende muito da sensibilidade de cada um. Exemplo típico é o indivíduo que, ao tomar um comprimido de dipirona (“Novalgina”), começa a se sentir mal, tem queda de pressão e tontura. Outras pessoas podem não sentir nada com o mesmo remédio. Há medicamentos, entre os que são tomados rotineiramente, que são mais capazes de produzir efeitos colaterais, com repercussão na direção veicular: analgésicos, antialérgicos, xaropes que contenham anti-histamínicos, colírios dilatadores da pupila, antigripais, descongestionantes nasais, antidepressivos, ansiolíticos e anticonvulsivantes. O efeito colateral que interfere na direção veicular quase sempre está relacionado à redução dos reflexos, torpor, sonolência, redução da vigília, reações tardias. O ideal seria que, ao receitar um remédio, o médico sempre alertasse sobre a influência deste sobre a capacidade de dirigir. E, claro, que ninguém fizesse a automedicação.
Perigos da idade
Gente muito idosa tem dificuldades maiores no trânsito. Depois de uma certa idade, que varia de acordo com cada pessoa, há perda visual, auditiva, reflexos tardios, dificuldade na coordenação motora, além de doenças degenerativas que afetam a saúde física e mental do motorista.
O café preto de manhã, tomado em jejum, provocou aquela dor de estômago (efeito normal em casos de gastrite), e você procurou um analgésico que trouxesse alívio para a dor, antes de sair para o trabalho. A dor passa, mas eis que, ao dirigir, você percebe que alguma coisa não vai bem. Você não percebe a proximidade de um farol vermelho e quase atropela duas senhoras que caminham pela faixa de pedestre. “O que está acontecendo comigo?”, pergunta-se. Está desatento, sonolento, e os reflexos não são os mesmos. Não é o caso de tomar outro café. O problema aí é que determinados remédios podem prejudicar a capacidade de dirigir, o que também varia. E não é só remédio. O consumo de bebidas alcoólicas, como se sabe, é grande responsável por boa parte dos acidentes de trânsito. Exatamente porque mexe com esta capacidade, aumentando o tempo de reação, prejudicando a percepção, entre outros fatores. O uso de drogas vai pelo mesmo caminho. Mas não são apenas essas substâncias que prejudicam a capacidade de dirigir. Há uma série de fatores que, dependendo da situação e da pessoa, têm influência negativa no controle do veículo, afastando o motorista de sua condição ideal para assumir o volante. Diretor do departamento de medicina de tráfego ocupacional da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o dr. Dirceu Rodrigues Alves Junior aponta quais são esses fatores e como eles operam para que o motorista se torne uma bomba ambulante.
Beber e dirigir, nem pensar
A bebida alcoólica, ao ser ingerida, é rapidamente absorvida pelo aparelho digestivo, caindo na circulação e promovendo uma ação imediata no sistema nervoso central. Após dar uma sensação de prazer, em alguns casos provoca torpor e sonolência. Em outros casos, o bebedor fica agitado, emotivo. Outros ainda desenvolvem agressividade, procurando arranjar confusão e briga. Nenhum dos estados citados é compatível com a condução de um veículo. Quanto maior o volume ingerido e a concentração de álcool da bebida, maiores os efeitos. Há prejuízo da coordenação motora e desorientação espacial. Daí a incapacidade de identificar a distância correta para outros veículos, pedestres e obstáculos à frente.
Drogas legais também interferem
Depende muito da sensibilidade de cada um. Exemplo típico é o indivíduo que, ao tomar um comprimido de dipirona (“Novalgina”), começa a se sentir mal, tem queda de pressão e tontura. Outras pessoas podem não sentir nada com o mesmo remédio. Há medicamentos, entre os que são tomados rotineiramente, que são mais capazes de produzir efeitos colaterais, com repercussão na direção veicular: analgésicos, antialérgicos, xaropes que contenham anti-histamínicos, colírios dilatadores da pupila, antigripais, descongestionantes nasais, antidepressivos, ansiolíticos e anticonvulsivantes. O efeito colateral que interfere na direção veicular quase sempre está relacionado à redução dos reflexos, torpor, sonolência, redução da vigília, reações tardias. O ideal seria que, ao receitar um remédio, o médico sempre alertasse sobre a influência deste sobre a capacidade de dirigir. E, claro, que ninguém fizesse a automedicação.
Perigos da idade
Gente muito idosa tem dificuldades maiores no trânsito. Depois de uma certa idade, que varia de acordo com cada pessoa, há perda visual, auditiva, reflexos tardios, dificuldade na coordenação motora, além de doenças degenerativas que afetam a saúde física e mental do motorista.
Fonte: Revista CESVI (junho/2010)
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