Postado por Mariana Czerwonka em janeiro 27th, 2012
Mais uma ação mostra as intenções do governo em apertar a fiscalização contra motoristas embriagados. Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lançou um programa de treinamento de policiais rodoviários para intensificar em todo o País o fechamento do cerco contra o uso de álcool no trânsito.
O Ministro disse, no lançamento, que o álcool é considerado uma tragédia e uma das principais causas de acidentes graves no trânsito. Segundo dados oficiais, mais de 40 mil mortes ocorrem no trânsito por ano no Brasil, estima-se que mais de 20% desses óbitos são causados por uso de álcool ou de outras drogas (como o rebite).
Há algumas semanas, uma determinação do INSS também demonstrou o interesse do governo em punir com mais rigor quem abusa do álcool na direção. A partir de agora, motoristas infratores serão cobrados na justiça e deverão ressarcir os cofres públicos que pagam pensões ou auxílios em consequência desses atos. O objetivo do INSS é responsabilizar financeiramente os motoristas que, por incorrerem em gravíssimas infrações de trânsito (como o uso do álcool), fazem de seus automóveis verdadeiras armas letais.
Projetos de Lei em tramitação na Câmara e no Senado, também comprovam essa tendência. Um deles, por exemplo, pretende aumentar a punição para o motorista bêbado que transportar crianças ou idosos.
Acredito que o esforço legal esteja sendo realizado. A lei no Brasil é mais severa que em alguns países, mas mesmo assim, não funciona. Falta fiscalização (principalmente efetivo e operações específicas), mas o que falta mais é um trabalho perene de educação e conscientização da sociedade como um todo. Campanhas isoladas não bastam. É preciso atingir o indivíduo desde a infância, para que ele cresça sabendo de suas responsabilidades, e principalmente, de seus deveres como cidadão. Não podemos mais ser coniventes com a imprudência e com o descaso. Nesse caso não há como discordar do dito popular, “é melhor prevenir do que remediar”.
* Blog do Transito
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