160 é muito, ou tá bom assim?
Sempre que falo sobre os números do trânsito brasileiro fico com um certo receio de causar espanto. Nas pessoas em geral, dúvida. Ou a indesejável síndrome do “não é comigo”. Nos especialistas, desconfianças tipo “mas de onde ele tirou isso?”. Ou, pior: isso não serve para nada. Eis meu pesadelo. A possibilidade de todo meu esforço não estar ajudando tanto quanto eu imagino, me tira o sono. E o pouco que durmo é um sono povoado de fantasmas. Fantasmas do vazio, do conformismo, da insensibilidade.
Quando assisto o Alexandre Garcia comentar sobre as barbaridades do nosso trânsito, fico pensando o quanto ainda vamos demorar para termos uma reação madura, cidadã. Quando é que vamos fazer educação para o trânsito prá valer em nosso país?
Eu não desisto. E sei que não estou só. Neste exato momento pessoas como você estão lendo estas palavras e, sensibilizadas, já planejam como fazer alguma coisa para ajudar. Basta fazer sua parte. Outras, lêem e não se importam ou, pior, desistem no meio do texto e me deixam aqui “falando” sozinho. Para estes, meu “tchau, até logo, volte sempre”. Só me resta lamentar. Não desejo mal prá ninguém, claro, mas talvez envolver-se num acidente de trânsito seja apenas uma questão de tempo. Meu amigo David Duarte Lima certa vez, bom de matemática que é, fez algumas projeções nada animadoras: nas próximas três ou quatro décadas, no ritmo que as coisas vão, provavelmente todos nós já teremos tido a desagradável experiência de nos envolver em algum acidente de trânsito. Tomara que ele esteja errado, o que é pouco provável. Assumindo que isso seja mesmo inevitável, torço para que nossos acidentes sejam leves, sem vítimas. Afinal, sou um otimista.
Pergunte-se e responda com calma e sinceridade: você conhece alguém que já se envolveu num acidente de trânsito? Para a lista não ficar muito grande, considere só familiares e amigos. Viu como está perto de você? Agora pense bem e responda: você já se envolveu num acidente de trânsito? Não? Parabéns mas, fique preparado, por via das dúvidas. Ah, talvez tenha que reconsiderar seus cálculos: cair de bicicleta e tropeçar na calçada, também são acidentes de trânsito. Sabia?
Ao ler os novos números publicados hoje, não sei se fico mais impressionado com os 15,4% de aumento recorde no número de acidentes pelo segundo ano consecutivo, ou com os 0% de aumento da indignação das pessoas que não percebem o tamanho da encrenca em que estamos metidos. Sim, porque todos estamos no “grupo de risco”. Ou você se ilude?
Este é um tipo de problema que chega em nossas vidas tímido, pequeno, nas histórias dos nossos vizinhos, amigos, parentes distantes. Logo faz parte de nossas histórias pessoais. Por isso, 160 mortes a cada dia, é demais. Ou tá bom assim? Quanto seria razoável, aceitável? Dezesseis? Um? Não sei se você vai concordar comigo, mas que tal considerar que o trânsito está aí para facilitar nossas vidas, e não para matar ou ferir as pessoas? Pense nisso
* Blog do Transito
Quando assisto o Alexandre Garcia comentar sobre as barbaridades do nosso trânsito, fico pensando o quanto ainda vamos demorar para termos uma reação madura, cidadã. Quando é que vamos fazer educação para o trânsito prá valer em nosso país?
Eu não desisto. E sei que não estou só. Neste exato momento pessoas como você estão lendo estas palavras e, sensibilizadas, já planejam como fazer alguma coisa para ajudar. Basta fazer sua parte. Outras, lêem e não se importam ou, pior, desistem no meio do texto e me deixam aqui “falando” sozinho. Para estes, meu “tchau, até logo, volte sempre”. Só me resta lamentar. Não desejo mal prá ninguém, claro, mas talvez envolver-se num acidente de trânsito seja apenas uma questão de tempo. Meu amigo David Duarte Lima certa vez, bom de matemática que é, fez algumas projeções nada animadoras: nas próximas três ou quatro décadas, no ritmo que as coisas vão, provavelmente todos nós já teremos tido a desagradável experiência de nos envolver em algum acidente de trânsito. Tomara que ele esteja errado, o que é pouco provável. Assumindo que isso seja mesmo inevitável, torço para que nossos acidentes sejam leves, sem vítimas. Afinal, sou um otimista.
Pergunte-se e responda com calma e sinceridade: você conhece alguém que já se envolveu num acidente de trânsito? Para a lista não ficar muito grande, considere só familiares e amigos. Viu como está perto de você? Agora pense bem e responda: você já se envolveu num acidente de trânsito? Não? Parabéns mas, fique preparado, por via das dúvidas. Ah, talvez tenha que reconsiderar seus cálculos: cair de bicicleta e tropeçar na calçada, também são acidentes de trânsito. Sabia?
Ao ler os novos números publicados hoje, não sei se fico mais impressionado com os 15,4% de aumento recorde no número de acidentes pelo segundo ano consecutivo, ou com os 0% de aumento da indignação das pessoas que não percebem o tamanho da encrenca em que estamos metidos. Sim, porque todos estamos no “grupo de risco”. Ou você se ilude?
Este é um tipo de problema que chega em nossas vidas tímido, pequeno, nas histórias dos nossos vizinhos, amigos, parentes distantes. Logo faz parte de nossas histórias pessoais. Por isso, 160 mortes a cada dia, é demais. Ou tá bom assim? Quanto seria razoável, aceitável? Dezesseis? Um? Não sei se você vai concordar comigo, mas que tal considerar que o trânsito está aí para facilitar nossas vidas, e não para matar ou ferir as pessoas? Pense nisso
* Blog do Transito
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