Silêncio e medo motivados por onda de crimes tomam conta da população de Umarizal
Recentes crimes acontecidos em Umarizal vêm causando medo e insegurança à população, que diante dos fatos silencia, sem que ninguém arrisque a dar informações à polícia no sentido de ajudar a elucidar os crimes.
Com a nova onda de violência, a cidade faz com que Umarizal passe a figurar como uma das mais violentas dos últimos anos, desbancando municípios como Caraúbas, Apodi e Alexandria.
Somente este ano já foram cometidos 10 assassinatos. Segundo especialistas em violência urbana, é um índice muito alto para um município que tem uma população de pouco mais de 10 mil habitantes.
Crimes insolúveis, eivados de mistérios são cenas frequentes nas estradas do município. Para se ter uma ideia, em menos de um ano já foram registrados mais de 15 homicídios. Em outubro do ano passado a comerciante Maria das Graças Costa, 60 anos, mais conhecida como "Tia Graça", foi executada por dois elementos em uma motocicleta, dentro do seu próprio estabelecimento comercial. Segundo populares a motivação do crime ainda é desconhecida. Após efetuar os disparos, os criminosos fugiram.
A sensação de violência é tão preocupante que as pessoas começam a se proteger com recursos próprios, colocando cercas elétricas, alarmes, rastreadores e assegurando bem móveis e imóveis. Recentemente o sequestro de um empresário, cometido por uma quadrilha, quando a vítima chegava a seu sítio na zona rural, alertou a população para se proteger dos inúmeros assaltos que acontecem no município.
O agricultor Antonio da Silva, que atualmente reside no município de Caraúbas, disse que deixou a cidade de Umarizal, onde nasceu e cresceu, por ter tido seu sítio invadido por assaltantes diversas vezes. Em uma das ocasiões, chegou a ser agredido e ameaçado de morte caso denunciasse o ocorrido.
"Não pude mais conviver com tamanho desrespeito com a minha família. Procurei a polícia, fiz o registro e não passou disso. Até o momento ninguém foi preso", destacou.
Artigo universitário aponta que violência é muito antiga
O estudante André Alexandre de Oliveira Cavalcante recentemente escreveu um artigo e o publicou na internet, intitulado "Umarizal: medo e insegurança", que aborda os diversos tipos de violências enfrentadas pela população.
De acordo com o artigo, uma onda de violência assola a cidade e engloba uma série de violências como domésticas, escolares, contra os idosos e crianças e tantos outros que existem e que geram um emaranhado de problemas.
O artigo publicado com base em dados levantados em 2007e 2008, já apontava um aumento na criminalidade que só cresceu nos anos seguintes. Atualmente o município conta com um efetivo policial de doze homens que se revezam por escala. Uma pesquisa realizada pelos alunos do Curso de Geografia do Cameam/Uern em julho de 2009, mostra que a população de Umarizal convive com o medo e a insegurança, 90% dos entrevistados argumentaram que o policiamento do município é insuficiente para atender o número de ocorrências, e dizem que é necessário um investimento de forma emergencial e efetiva por parte do governo do Estado na segurança pública do município.
A reportagem do jornal O Mossoroense tentou ouvir o prefeito Rogério Fonseca sobre a onda de violência, no entanto seus assessores informaram que não tinham autoridade para fornecer o telefone do gestor público.
Pesquisa revela que criminalidade está relacionada a problemas de drogas e uso de arma de fogo
O problema da violência em Umarizal pode ser associado a uma série de fatores, entre eles o tráfico de drogas e o porte de armas, é o que revela uma pesquisa feita por alunos universitários.
Segundo o estudo, esses dois fatores, drogas e armas, são tidos como os principais problemas vivenciados pela sociedade local no momento, além desses, outros impasses sociais também contribuem para o aumento do índice de violência: a falta de informações básicas e essenciais, o desemprego, a reprovação escolar, o comércio de mercadorias roubadas entre outros.
De acordo com a polícia, o tráfico de drogas em Umarizal vem se desenvolvendo em um ritmo acelerado, associado ao uso de armas de fogo, que são adquiridas com facilidade pela população.
O estudante Alexandre Cavalcante, em seu artigo, cita a seguinte situação: "O município integrante do Oeste potiguar está diante de um desafio: combater um comércio ilegal e imoral que ganha proporção a cada dia, o desemprego que está associado por sua vez à reprovação escolar é também considerado um dos fatores preponderantes para o aumento do índice de violência na cidade".
* O mossoroense
Recentes crimes acontecidos em Umarizal vêm causando medo e insegurança à população, que diante dos fatos silencia, sem que ninguém arrisque a dar informações à polícia no sentido de ajudar a elucidar os crimes.
Com a nova onda de violência, a cidade faz com que Umarizal passe a figurar como uma das mais violentas dos últimos anos, desbancando municípios como Caraúbas, Apodi e Alexandria.
Somente este ano já foram cometidos 10 assassinatos. Segundo especialistas em violência urbana, é um índice muito alto para um município que tem uma população de pouco mais de 10 mil habitantes.
Crimes insolúveis, eivados de mistérios são cenas frequentes nas estradas do município. Para se ter uma ideia, em menos de um ano já foram registrados mais de 15 homicídios. Em outubro do ano passado a comerciante Maria das Graças Costa, 60 anos, mais conhecida como "Tia Graça", foi executada por dois elementos em uma motocicleta, dentro do seu próprio estabelecimento comercial. Segundo populares a motivação do crime ainda é desconhecida. Após efetuar os disparos, os criminosos fugiram.
A sensação de violência é tão preocupante que as pessoas começam a se proteger com recursos próprios, colocando cercas elétricas, alarmes, rastreadores e assegurando bem móveis e imóveis. Recentemente o sequestro de um empresário, cometido por uma quadrilha, quando a vítima chegava a seu sítio na zona rural, alertou a população para se proteger dos inúmeros assaltos que acontecem no município.
O agricultor Antonio da Silva, que atualmente reside no município de Caraúbas, disse que deixou a cidade de Umarizal, onde nasceu e cresceu, por ter tido seu sítio invadido por assaltantes diversas vezes. Em uma das ocasiões, chegou a ser agredido e ameaçado de morte caso denunciasse o ocorrido.
"Não pude mais conviver com tamanho desrespeito com a minha família. Procurei a polícia, fiz o registro e não passou disso. Até o momento ninguém foi preso", destacou.
Artigo universitário aponta que violência é muito antiga
O estudante André Alexandre de Oliveira Cavalcante recentemente escreveu um artigo e o publicou na internet, intitulado "Umarizal: medo e insegurança", que aborda os diversos tipos de violências enfrentadas pela população.
De acordo com o artigo, uma onda de violência assola a cidade e engloba uma série de violências como domésticas, escolares, contra os idosos e crianças e tantos outros que existem e que geram um emaranhado de problemas.
O artigo publicado com base em dados levantados em 2007e 2008, já apontava um aumento na criminalidade que só cresceu nos anos seguintes. Atualmente o município conta com um efetivo policial de doze homens que se revezam por escala. Uma pesquisa realizada pelos alunos do Curso de Geografia do Cameam/Uern em julho de 2009, mostra que a população de Umarizal convive com o medo e a insegurança, 90% dos entrevistados argumentaram que o policiamento do município é insuficiente para atender o número de ocorrências, e dizem que é necessário um investimento de forma emergencial e efetiva por parte do governo do Estado na segurança pública do município.
A reportagem do jornal O Mossoroense tentou ouvir o prefeito Rogério Fonseca sobre a onda de violência, no entanto seus assessores informaram que não tinham autoridade para fornecer o telefone do gestor público.
Pesquisa revela que criminalidade está relacionada a problemas de drogas e uso de arma de fogo
O problema da violência em Umarizal pode ser associado a uma série de fatores, entre eles o tráfico de drogas e o porte de armas, é o que revela uma pesquisa feita por alunos universitários.
Segundo o estudo, esses dois fatores, drogas e armas, são tidos como os principais problemas vivenciados pela sociedade local no momento, além desses, outros impasses sociais também contribuem para o aumento do índice de violência: a falta de informações básicas e essenciais, o desemprego, a reprovação escolar, o comércio de mercadorias roubadas entre outros.
De acordo com a polícia, o tráfico de drogas em Umarizal vem se desenvolvendo em um ritmo acelerado, associado ao uso de armas de fogo, que são adquiridas com facilidade pela população.
O estudante Alexandre Cavalcante, em seu artigo, cita a seguinte situação: "O município integrante do Oeste potiguar está diante de um desafio: combater um comércio ilegal e imoral que ganha proporção a cada dia, o desemprego que está associado por sua vez à reprovação escolar é também considerado um dos fatores preponderantes para o aumento do índice de violência na cidade".
* O mossoroense
Nenhum comentário:
Postar um comentário