Você acha que deveria ser obrigatório apresentar a CNH ao comprar um veículo?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Acidente envolvendo motocicleta em Pau dos Ferros


O acidente ocorreu por volta das 09hs30min de hoje (28), e envolveu o entregador de compras do Supermercado Rio Grande, Joadson Genisson de Nogueira Queiroz, 20 anos, que estava pilotando uma motocicleta com reboque de placa MYD 7935/RN. Segundo o depoimento do motociclista, o mesmo deslocava-se no sentido Centro ao bairro do Riacho do Meio, RN 177, município de Pau dos Ferros, para realizar uma entrega, quando uma camionete freiou bruscamente a sua frente, que tentou desviá-la, mas veio a perder o equilíbrio, caindo sobre a pista de rolamento. Populares acionaram a viatura do Grupo Tático Operacional Rodoviário (GTOR), que fez o registro e o isolamento do local até a chegada do Corpo de Bombeiros Militares, que realizou os primeiros socorros. Após imobilizá-lo, foi conduzido ao Hospital Regional de Pau dos Ferros, onde realizou um raio-x que veio a comprovar a existência de uma lesão na clavícula.


chegada do Corpo de Bombeiro



Primeiros Socorros



imobilização cevical



verificando a clavícula



Genisson após atendimento no Hospital Regional de Pau dos Ferros/RN

Um comentário:

  1. Lembrança de morrer


    Quando em meu peito rebentar-se a fibra
    Que o espírito enlaça à dor vivente,
    Não derramem por mim nem uma lágrima
    Em pálpebra demente.

    E nem desfolhem na matéria impura
    A flor do vale que adormece ao vento:
    Não quero que uma nota de alegria
    Se cale por meu triste passamento.

    Eu deixo a vida como deixa o tédio
    Do deserto, o poento caminheiro
    — Como as horas de um longo pesadelo
    Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

    Como o desterro de minh'alma errante,
    Onde fogo insensato a consumia:
    Só levo uma saudade — é desses tempos
    Que amorosa ilusão embelecia.

    Só levo uma saudade — é dessas sombras
    Que eu sentia velar nas noites minhas...
    De ti, ó minha mãe, pobre coitada
    Que por minha tristeza te definhas!

    De meu pai... de meus únicos amigos,
    Poucos — bem poucos — e que não zombavam
    Quando, em noite de febre endoudecido,
    Minhas pálidas crenças duvidavam.

    Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
    Se um suspiro nos seios treme ainda
    É pela virgem que sonhei... que nunca
    Aos lábios me encostou a face linda!

    Só tu à mocidade sonhadora
    Do pálido poeta deste flores...
    Se viveu, foi por ti! e de esperança
    De na vida gozar de teus amores.

    Beijarei a verdade santa e nua,
    Verei cristalizar-se o sonho amigo....
    Ó minha virgem dos errantes sonhos,
    Filha do céu, eu vou amar contigo!

    Descansem o meu leito solitário
    Na floresta dos homens esquecida,
    À sombra de uma cruz, e escrevam nelas
    — Foi poeta — sonhou — e amou na vida.—(foi PM-sonhou com a PEC E ...)

    Sombras do vale, noites da montanha
    Que minh'alma cantou e amava tanto,
    Protegei o meu corpo abandonado,
    E no silêncio derramai-lhe canto!

    Mas quando preludia ave d'aurora
    E quando à meia-noite o céu repousa,
    Arvoredos do bosque, abri os ramos...
    Deixai a lua prantear-me a lousa!

    Álvares de Azevedo
    (1831-1852)

    ResponderExcluir