Acidente envolvendo motocicleta em Pau dos Ferros
O acidente ocorreu por volta das 09hs30min de hoje (28), e envolveu o entregador de compras do Supermercado Rio Grande, Joadson Genisson de Nogueira Queiroz, 20 anos, que estava pilotando uma motocicleta com reboque de placa MYD 7935/RN. Segundo o depoimento do motociclista, o mesmo deslocava-se no sentido Centro ao bairro do Riacho do Meio, RN 177, município de Pau dos Ferros, para realizar uma entrega, quando uma camionete freiou bruscamente a sua frente, que tentou desviá-la, mas veio a perder o equilíbrio, caindo sobre a pista de rolamento. Populares acionaram a viatura do Grupo Tático Operacional Rodoviário (GTOR), que fez o registro e o isolamento do local até a chegada do Corpo de Bombeiros Militares, que realizou os primeiros socorros. Após imobilizá-lo, foi conduzido ao Hospital Regional de Pau dos Ferros, onde realizou um raio-x que veio a comprovar a existência de uma lesão na clavícula.
chegada do Corpo de Bombeiro
Primeiros Socorros
imobilização cevical
verificando a clavícula
Genisson após atendimento no Hospital Regional de Pau dos Ferros/RN
Lembrança de morrer
ResponderExcluirQuando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
— Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh'alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade — é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade — é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos — bem poucos — e que não zombavam
Quando, em noite de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo....
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nelas
— Foi poeta — sonhou — e amou na vida.—(foi PM-sonhou com a PEC E ...)
Sombras do vale, noites da montanha
Que minh'alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d'aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua prantear-me a lousa!
Álvares de Azevedo
(1831-1852)