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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Caso do professor da UERN não terá prioridade


A morte do professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Carlos Magno Viana Fonseca será investigada pelo delegado Inácio Rodrigues de Lima, que acumula a função de delegado em Pau dos Ferros e mais de 10 cidades no Alto Oeste. A princípio, foi cogitada a possibilidade de um delegado ser designado em caráter especial para investigar o crime devido a sua complexidade. A Delegacia Geral de Polícia Civil (DEGEPOL) do RN confirmou ontem que não será designado um delegado exclusivo. A Associação que representa os professores da Uern é contra essa decisão.
Através da assessoria de imprensa, a Degepol confirmou que a presidência do inquérito foi designada realmente ao delegado de Pau dos Ferros. Logo após a morte do professor, que foi encontrado carbonizado dentro do seu carro na cidade de Doutor Severiano, distante cerca de 175km de Mossoró, foi ventilada a possibilidade de um delegado especial. No caso, esse policial teria a incumbência de investigar esse crime com maior celeridade, enquanto um delegado da região, que já acumula outras funções, não teria condições de dar a atenção devida - são várias cidades para um delegado.
Essa era justamente a preocupação da Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (ADUERN), que anunciou na semana passada a intenção de encaminhar um documento à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) cobrando a designação de um delegado especial. O presidente da Aduern, Flaubert Torquato, disse na semana passada que a categoria pretendia elaborar o documento nesta semana. Ontem, o DE FATO tentou contato com o professor para confirmar se o pedido havia sido mandado para a Secretaria, mas não o localizou.
O vice-presidente da Aduern, professor Neto Vale, disse que aconteceram ontem três assembleias com a categoria. Nas duas últimas, o assunto não foi tratado. "Eu participei das duas últimas e essa questão não foi falada. Pode ser que o documento tenha sido elaborado na primeira e eu não estava presente", explicou Neto, reforçando o posicionamento da Aduern, que cobra celeridade nas investigações da morte do colega. A categoria pretende pressionar o Governo do Estado para que a Polícia Civil tenha condições de investigar o crime e identificar os responsáveis pela morte do docente.

O CRIME
O professor Carlos Magno Viana Fonseca foi encontrado morto com um tiro na cabeça e o corpo carbonizado no dia 21 do mês passado, em Doutor Severiano. A confirmação de sua identidade veio após um exame de comparação de arcada dentária. Carlos Magno era professor do curso de Letras do campus de Pau dos Ferros da Uern e estava concluindo Doutorado em Linguística na Universidade Federal do Ceará (UFC) - foi nomeado doutor após a morte. A vítima residia em Pau dos Ferros e tinha ido à cidade de Doutor Severiano.
* Jornal de Fato

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