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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Policiais rodoviários presos estavam na folha de pagamento de empresas
A prática seria para justificar a saída de dinheiro das empresas para o pagamento do suborno.
Operação Boa Viagem prende policiais rodoviários federaisA Operação Boa Viagem das polícias Federal e Rodoviária Federal, deflagrada nesta quarta-feira (9), que prendeu cinco policiais rodoviários e afastou 25 do cargo por cobrança de propina,em Pernambuco, indicou que alguns deles tinham os nomes incluídos na folha de pagamento das empresas envolvidas no esquema. Segundo informações da polícia, a prática seria para justificar a saída de dinheiro das empresas para o pagamento do suborno. Os acusados cobravam propina para liberar motoristas flagrados com algum tipo de irregularidade nas estradas. A Polícia Federal de Pernambuco não quis divulgar os nomes, mas informações extraoficiais dão conta que foram presos os policiais rodoviários Sérgio Ferreira de Arruda, Ecivaldo Pereira de Oliveira, Carlos Henrique da Silva Gomes, Francisco Fábio Parente Saraiva e Antônio Medeiros de Araújo. Alguns deles com mais 15 anos de corporação. Além dos policias presos e afastados - lotados em 10 postos de fiscalização ao longo das BRs 101, 232 e 408 -, mais de 20 pessoas que alimentavam a corrupção também foram levadas à sede da PF nesta manhã, entre elas, operadores do transporte alternativo de passageiros e representantes de empresas de transporte de cargas e de usinas, que seriam os principais alimentadores da corrupção, pagando aos policiais uma espécie de mensalidade para que garantissem trânsito livre sem agir de acordo com as leis. Outros seis policiais também teriam sido presos em flagrante. De acordo com o delegado da PF-PE Ricardo Ennes, presidente do inquérito, "os policiais rodoviários afastados dos cargos passam a responder processo administrativo, cumprindo expediente interno, e perdem o poder de polícia, tendo a arma, o distintivo e o fardamento recolhidos". Quanto aos que tiveram prisão preventiva decretada, seguem para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. O superintendente da PRF do Mato Grosso do Sul, Valter Favaro, informou que entre os envolvidos existem policiais cujo patrimônio é incompatível com a função que exercem. "Alguns servidores estavam cadastrados na folha de pagamento de empresas para receber a propina. Entraram na contabilidade dessa empresa", disse. Para manter a isenção do trabalho, a PRF indicou um representante de outro estado. Cerca de 480 policiais federais participaram da ação que teve início em 2006, sendo aprofundada com novas diligências em 2008 e contou com agentes de vários estados, inclusive o Rio Grande do Norte. As denúncias do esquema de corrupção nas estradas foram confirmadas por meio de quebra de sigilo bancário dos suspeitos, interceptação de suas chamadas telefônicas e imagens produzidas por policiais rodoviários nos postos de trabalho. Os envolvidos estão sendo acusados de corrupção ativa, corrupção passiva, posse ilegal de arma de fogo com calibre restrito das forças armadas e receptação de veículos.
Fonte: Nominuto.com (09/06/2010)

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