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sábado, 19 de junho de 2010

Condutores terão que passar por curso específico para ser mototaxistas
Segundo informações da Gerência de Trânsito (Getran), atualmente existem cerca de 1.200 mototaxistas em Mossoró. A atuação desses trabalhadores tem sido alvo de críticas constantes da população, sobretudo pela imprudência dos mototaxistas no trânsito. Para encerrar essa polêmica, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornará obrigatório um curso específico para mototaxistas, já que a profissão foi regulamentada em julho de 2009 pelo presidente Lula.
Segundo a Resolução nº. 350, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), os profissionais terão que passar por cursos de especialização para ser mototaxistas. O treinamento incluirá aulas práticas e teóricas com a intenção de garantir a esses trabalhadores a aquisição de conhecimentos, a padronização de ações e, consequentemente, atitudes de segurança no trânsito. A população aprova a medida. "Muito bom, na verdade Mossoró estava precisando. Boa parte deles é bastante despreparada. Alguns ficam costurando os carros no trânsito, andam rápido demais. Dá até medo de pegar, só utilizo quando não tem outra opção", diz a estudante Daiane Alves. O mecânico Carlos Alberto acha a medida interessante: "Assim eles vão evitar cometer erros comuns no trânsito: andar em alta velocidade, passar pelo semáforo vermelho e fazer ziguezague nos carros, que são coisas que eles fazem constantemente", opina.
Já entre os mototaxistas, a novidade divide opiniões. "Eu acho bom, porque tem alguns companheiros que não respeitam nada mesmo. Acho certo e quando começar eu vou fazer, pois quanto mais informações a gente tem, melhor", diz Antônio Lins. Mas na opinião de Luiz Cavalcante a medida só vai trazer gastos para os trabalhadores. "Eu acho desnecessário; o governo faz isso só para ganhar dinheiro. Quem é imprudente não vai mudar por causa desse curso", acredita.
O gerente de Trânsito Walter Pedro considerou a iniciativa bastante positiva, sobretudo no caso de Mossoró, onde a população tem uma relação de dependência com a atividade, já que o transporte público é deficiente. "Acho bastante importante, principalmente porque alguns aspectos exigidos, como ética e cidadania, que tem uma abordagem voltada para a segurança", considera o gerente.
A resolução deverá entrar em vigor em 180 dias, 6 meses, e os cursos deverão ser ministrados pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) ou por órgãos, entidades e instituições autorizadas ou credenciadas no Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Para fazer o curso, o profissional deverá ter, no mínimo, 21 anos, estar habilitado há pelo menos dois anos na categoria "A", não pode estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, e estar desimpedido judicialmente de exercer seus direitos. O curso terá carga horária de 30 horas e incluirá noções básicas de legislação, gestão do risco sobre duas rodas, segurança e saúde, além de aulas práticas de pilotagem profissional.
Fonte: Jornal O Mossoroense (19/06/2010)

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