Bandidos aderem à ‘moda’ das motonetas
A facilidade de comprar as chamadas motonetas, que custam até R$ 4 mil mais barato em relação às motocicletas, tem sido um dos principais atrativos para a explosão que esse tipo de veículo obteve em todo o Rio Grande do Norte. Porém, essa facilidade tem gerado preocupação das autoridades. Há muito tempo, um dos principais alvos da repressão policial tem sido a motocicleta. Porém, agora ela dá lugar às motonetas, menores e mais ágeis.
De acordo com o tenente-coronel Eliezer Rodrigues, comandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar, os bandidos têm escolhido veículos como Biz, Pop e Traxx pela facilidade de locomoção, aliado aos baixos custos que esse tipo de veículo representa, se comparado a um carro ou uma motocicleta tradicional. Ele explica que devido às características desse tipo de veículo, a polícia encontra maior dificuldade para caçar e prender criminosos. No caso da Pop e da Traxx, por exemplo, o fato de não terem machas - são automáticas -, aumenta ainda mais a velocidade no momento da fuga.
No Batalhão da Polícia Militar de Mossoró, abordar motocicletas, principalmente se estiverem com dois homens, é uma recomendação antiga. É que grande parte dos crimes registrados não só em Mossoró, mas em todo o Rio Grande do Norte, é cometida com uso de motocicleta. São veículos ágeis e, por isso, difíceis de serem seguidos. Agora a recomendação é direcionada para essas motos menores, ainda mais ágeis que as tradicionais. Não existe uma estatística oficial, mas a maioria dos crimes, sejam assaltos, homicídios ou outros, é praticada com motos - por isso toda a preocupação.
O oficial militar lembra ainda que esse tipo de veículo é bastante utilizado pelos bandidos, como também é extremamente procurado - neste caso colocando seus condutores em risco. Eliezer explica que muitas pessoas têm adquirido esse tipo de veículo ciclomotor para se locomover no dia-a-dia e também na tentativa de fugir dos transportes coletivos, tendo assim um pouco mais de segurança, mas acabam esquecendo de adotar cuidados básicos. Um deles é evitar desvios, que muitas vezes implicam em trafegar por locais de difícil acesso, pouca iluminação e diversos outros agravantes.
"Ele acha que, por estar de motocicleta, pode andar por lugares ermos, de periculosidade avançada... Ou seja, quer encurtar o caminho e se coloca na situação de vítima. Isso também tem que ser analisado e levado em consideração pelos condutores de motocicletas", comenta o tenente-coronel, acrescentando que os proprietários desse tipo de veículo devem tentar se prevenir. "Geralmente, essas pessoas são roubadas e levadas como refém. Elas são deixadas em locais afastados, sem ter como se comunicar e isso dificulta uma resposta mais enérgica por parte da polícia", alerta. (por AR)
Ciclomotores na ‘mira’ da fiscalização
Eles ainda se sobrepõem ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas este período pode estar prestes a acabar. Sem registro e gozando de total liberdade para cometer infrações sem resultar em multas aos seus condutores, os famosos ciclomotores ganharam espaço e adeptos em todas as cidades do Rio Grande do Norte.
No entanto, essa popularidade pode estar com os dias contados. Isso porque a Polícia Militar planeja realizar um trabalho de fiscalização para exigir o registro obrigatório para o veículo, ação já prevista no CTB, mas que ainda não passa de teoria no território potiguar.
Os ciclomotores fazem parte daquele grupo que todos conhecem seu nome popular, mas poucos os reconhecem pelo nome oficial. Por isso, talvez fique mais fácil ser chamados de "cinquentinhas", numa referência aos seus motores com, no máximo, 50 cilindradas.
São aquelas "mobiletes" ou aquelas motonetas de menor porte, que devido ao seu preço acessível e formas de pagamento elásticas, caíram no gosto de muitos, agora, ex-pedestres.
A popularidade, inclusive, deve-se também ao desconhecimento de muitos condutores das obrigatoriedades que precisam arcar ao adquirirem um veículo como esse. "O problema é que muita gente está comprando ciclomotores acreditando que não é preciso emplacar, ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e podem andar livremente, sem capacete, até. Contudo, isso não é possível. Pelo menos, não deverá ser mais", afirma o comandante do 1º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, capitão da PM Cláudio Augusto.
Segundo ele, por enquanto será feito um trabalho de conscientização e informação à população sobre o que é preciso ter e usar para conduzir um ciclomotor. No entanto, em um futuro próximo, a intenção é começar um trabalho firme de fiscalização e até apreensão dos veículos irregulares. "Neste momento será para informação e, mais na frente, começaremos o trabalho ostensivo, de fiscalização e policiamento", adianta.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, assim como motos de maior potência, carros, ônibus e caminhões, os ciclomotores precisam ser registrados junto ao Detran local, estarem licenciados e só poderão ser conduzidos por pessoas habilitadas e, consequentemente, maiores de 18 anos. "Atualmente, vemos que esse veículo popularizou-se principalmente entre os jovens. Inclusive, adolescentes. Muitos pais compram esses veículos para os filhos acreditando que eles não precisam de CNH para conduzi-los, embora isso não seja realidade. Precisam sim", reforça o capitão. (por CM)
Fonte: Jornal de Fato
A facilidade de comprar as chamadas motonetas, que custam até R$ 4 mil mais barato em relação às motocicletas, tem sido um dos principais atrativos para a explosão que esse tipo de veículo obteve em todo o Rio Grande do Norte. Porém, essa facilidade tem gerado preocupação das autoridades. Há muito tempo, um dos principais alvos da repressão policial tem sido a motocicleta. Porém, agora ela dá lugar às motonetas, menores e mais ágeis.
De acordo com o tenente-coronel Eliezer Rodrigues, comandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar, os bandidos têm escolhido veículos como Biz, Pop e Traxx pela facilidade de locomoção, aliado aos baixos custos que esse tipo de veículo representa, se comparado a um carro ou uma motocicleta tradicional. Ele explica que devido às características desse tipo de veículo, a polícia encontra maior dificuldade para caçar e prender criminosos. No caso da Pop e da Traxx, por exemplo, o fato de não terem machas - são automáticas -, aumenta ainda mais a velocidade no momento da fuga.
No Batalhão da Polícia Militar de Mossoró, abordar motocicletas, principalmente se estiverem com dois homens, é uma recomendação antiga. É que grande parte dos crimes registrados não só em Mossoró, mas em todo o Rio Grande do Norte, é cometida com uso de motocicleta. São veículos ágeis e, por isso, difíceis de serem seguidos. Agora a recomendação é direcionada para essas motos menores, ainda mais ágeis que as tradicionais. Não existe uma estatística oficial, mas a maioria dos crimes, sejam assaltos, homicídios ou outros, é praticada com motos - por isso toda a preocupação.
O oficial militar lembra ainda que esse tipo de veículo é bastante utilizado pelos bandidos, como também é extremamente procurado - neste caso colocando seus condutores em risco. Eliezer explica que muitas pessoas têm adquirido esse tipo de veículo ciclomotor para se locomover no dia-a-dia e também na tentativa de fugir dos transportes coletivos, tendo assim um pouco mais de segurança, mas acabam esquecendo de adotar cuidados básicos. Um deles é evitar desvios, que muitas vezes implicam em trafegar por locais de difícil acesso, pouca iluminação e diversos outros agravantes.
"Ele acha que, por estar de motocicleta, pode andar por lugares ermos, de periculosidade avançada... Ou seja, quer encurtar o caminho e se coloca na situação de vítima. Isso também tem que ser analisado e levado em consideração pelos condutores de motocicletas", comenta o tenente-coronel, acrescentando que os proprietários desse tipo de veículo devem tentar se prevenir. "Geralmente, essas pessoas são roubadas e levadas como refém. Elas são deixadas em locais afastados, sem ter como se comunicar e isso dificulta uma resposta mais enérgica por parte da polícia", alerta. (por AR)
Ciclomotores na ‘mira’ da fiscalização
Eles ainda se sobrepõem ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas este período pode estar prestes a acabar. Sem registro e gozando de total liberdade para cometer infrações sem resultar em multas aos seus condutores, os famosos ciclomotores ganharam espaço e adeptos em todas as cidades do Rio Grande do Norte.
No entanto, essa popularidade pode estar com os dias contados. Isso porque a Polícia Militar planeja realizar um trabalho de fiscalização para exigir o registro obrigatório para o veículo, ação já prevista no CTB, mas que ainda não passa de teoria no território potiguar.
Os ciclomotores fazem parte daquele grupo que todos conhecem seu nome popular, mas poucos os reconhecem pelo nome oficial. Por isso, talvez fique mais fácil ser chamados de "cinquentinhas", numa referência aos seus motores com, no máximo, 50 cilindradas.
São aquelas "mobiletes" ou aquelas motonetas de menor porte, que devido ao seu preço acessível e formas de pagamento elásticas, caíram no gosto de muitos, agora, ex-pedestres.
A popularidade, inclusive, deve-se também ao desconhecimento de muitos condutores das obrigatoriedades que precisam arcar ao adquirirem um veículo como esse. "O problema é que muita gente está comprando ciclomotores acreditando que não é preciso emplacar, ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e podem andar livremente, sem capacete, até. Contudo, isso não é possível. Pelo menos, não deverá ser mais", afirma o comandante do 1º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, capitão da PM Cláudio Augusto.
Segundo ele, por enquanto será feito um trabalho de conscientização e informação à população sobre o que é preciso ter e usar para conduzir um ciclomotor. No entanto, em um futuro próximo, a intenção é começar um trabalho firme de fiscalização e até apreensão dos veículos irregulares. "Neste momento será para informação e, mais na frente, começaremos o trabalho ostensivo, de fiscalização e policiamento", adianta.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, assim como motos de maior potência, carros, ônibus e caminhões, os ciclomotores precisam ser registrados junto ao Detran local, estarem licenciados e só poderão ser conduzidos por pessoas habilitadas e, consequentemente, maiores de 18 anos. "Atualmente, vemos que esse veículo popularizou-se principalmente entre os jovens. Inclusive, adolescentes. Muitos pais compram esses veículos para os filhos acreditando que eles não precisam de CNH para conduzi-los, embora isso não seja realidade. Precisam sim", reforça o capitão. (por CM)
Fonte: Jornal de Fato
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